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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Dia 03 - Jó 1-3 e 38-42 - História de Jó

Jó – Capítulo 1

1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.
2 Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
3 Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente.
4 Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
5 Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
6 Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
7 Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.
8 Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.
9 Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus?
10 Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.
11 Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
12 Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.
13 Sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa do irmão primogênito,
14 que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
15 de repente, deram sobre eles os sabeus, e os levaram, e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova.
16 Falava este ainda quando veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu; só eu escapei, para trazer-te a nova.
17 Falava este ainda quando veio outro e disse: Dividiram-se os caldeus em três bandos, deram sobre os camelos, os levaram e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova.
18 Também este falava ainda quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito,
19 eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a nova.
20 Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou;
21 e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!
22 Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

Jó – Capítulo 2

1 Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o SENHOR.
2 Então, o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? Respondeu Satanás ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.
3 Perguntou o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.
4 Então, Satanás respondeu ao SENHOR: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.
5 Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face.
6 Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida.
7 Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
8 Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se.
9 Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.
10 Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
11 Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo.
12 Levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram; e cada um, rasgando o seu manto, lançava pó ao ar sobre a cabeça.
13 Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.

Jó – Capítulo 3

1 Depois disto, passou Jó a falar e amaldiçoou o seu dia natalício.
2 Disse Jó:
3 Pereça o dia em que nasci e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
4 Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz.
5 Reclamem-no as trevas e a sombra de morte; habitem sobre ele nuvens; espante-o tudo o que pode enegrecer o dia.
6 Aquela noite, que dela se apoderem densas trevas; não se regozije ela entre os dias do ano, não entre na conta dos meses.
7 Seja estéril aquela noite, e dela sejam banidos os sons de júbilo.
8 Amaldiçoem-na aqueles que sabem amaldiçoar o dia e sabem excitar o monstro marinho.
9 Escureçam-se as estrelas do crepúsculo matutino dessa noite; que ela espere a luz, e a luz não venha; que não veja as pálpebras dos olhos da alva,
10 pois não fechou as portas do ventre de minha mãe, nem escondeu dos meus olhos o sofrimento.
11 Por que não morri eu na madre? Por que não expirei ao sair dela?
12 Por que houve regaço que me acolhesse? E por que peitos, para que eu mamasse?
13 Porque já agora repousaria tranqüilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso,
14 com os reis e conselheiros da terra que para si edificaram mausoléus;
15 ou com os príncipes que tinham ouro e encheram de prata as suas casas;
16 ou, como aborto oculto, eu não existiria, como crianças que nunca viram a luz.
17 Ali, os maus cessam de perturbar, e, ali, repousam os cansados.
18 Ali, os presos juntamente repousam e não ouvem a voz do feitor.
19 Ali, está tanto o pequeno como o grande e o servo livre de seu senhor.
20 Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo,
21 que esperam a morte, e ela não vem? Eles cavam em procura dela mais do que tesouros ocultos.
22 Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura.
23 Por que se concede luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus cercou de todos os lados?
24 Por que em vez do meu pão me vêm gemidos, e os meus lamentos se derramam como água?
25 Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.
26 Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação.

Jó – Capítulo 38

1 Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó:
2 Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?
3 Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber.
4 Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular,
7 quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?
8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando irrompeu da madre;
9 quando eu lhe pus as nuvens por vestidura e a escuridão por fraldas?
10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus ferrolhos e portas,
11 e disse: até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?
12 Acaso, desde que começaram os teus dias, deste ordem à madrugada ou fizeste a alva saber o seu lugar,
13 para que se apegasse às orlas da terra, e desta fossem os perversos sacudidos?
14 A terra se modela como o barro debaixo do selo, e tudo se apresenta como vestidos;
15 dos perversos se desvia a sua luz, e o braço levantado para ferir se quebranta.
16 Acaso, entraste nos mananciais do mar ou percorreste o mais profundo do abismo?
17 Porventura, te foram reveladas as portas da morte ou viste essas portas da região tenebrosa?
18 Tens idéia nítida da largura da terra? Dize-mo, se o sabes.
19 Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde é o seu lugar,
20 para que as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa?
21 Tu o sabes, porque nesse tempo eras nascido e porque é grande o número dos teus dias!
22 Acaso, entraste nos depósitos da neve e viste os tesouros da saraiva,
23 que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24 Onde está o caminho para onde se difunde a luz e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25 Quem abriu regos para o aguaceiro ou caminho para os relâmpagos dos trovões;
26 para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente;
27 para dessedentar a terra deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva?
28 Acaso, a chuva tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho?
29 De que ventre procede o gelo? E quem dá à luz a geada do céu?
30 As águas ficam duras como a pedra, e a superfície das profundezas se torna compacta.
31 Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion?
32 Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a terra?
34 Podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35 Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam e te digam: Eis-nos aqui?
36 Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens? Ou quem deu entendimento ao meteoro?
37 Quem pode numerar com sabedoria as nuvens? Ou os odres dos céus, quem os pode despejar,
38 para que o pó se transforme em massa sólida, e os torrões se apeguem uns aos outros?
39 Caçarás, porventura, a presa para a leoa? Ou saciarás a fome dos leõezinhos,
40 quando se agacham nos covis e estão à espreita nas covas?
41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?

Jó – Capítulo 39

1 Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos ou cuidaste das corças quando dão suas crias?
2 Podes contar os meses que cumprem? Ou sabes o tempo do seu parto?
3 Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores.
4 Seus filhos se tornam robustos, crescem no campo aberto, saem e nunca mais tornam para elas.
5 Quem despediu livre o jumento selvagem, e quem soltou as prisões ao asno veloz,
6 ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada por moradas?
7 Ri-se do tumulto da cidade, não ouve os muitos gritos do arrieiro.
8 Os montes são o lugar do seu pasto, e anda à procura de tudo o que está verde.
9 Acaso, quer o boi selvagem servir-te? Ou passará ele a noite junto da tua manjedoura?
10 Porventura, podes prendê-lo ao sulco com cordas? Ou gradará ele os vales após ti?
11 Confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cuidado o teu trabalho?
12 Fiarás dele que te traga para a casa o que semeaste e o recolha na tua eira?
13 O avestruz bate alegre as asas; acaso, porém, tem asas e penas de bondade?
14 Ele deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
15 e se esquece de que algum pé os pode esmagar ou de que podem pisá-los os animais do campo.
16 Trata com dureza os seus filhos, como se não fossem seus; embora seja em vão o seu trabalho, ele está tranqüilo,
17 porque Deus lhe negou sabedoria e não lhe deu entendimento;
18 mas, quando de um salto se levanta para correr, ri-se do cavalo e do cavaleiro.
19 Ou dás tu força ao cavalo ou revestirás o seu pescoço de crinas?
20 Acaso, o fazes pular como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
21 Escarva no vale, folga na sua força e sai ao encontro dos armados.
22 Ri-se do temor e não se espanta; e não torna atrás por causa da espada.
23 Sobre ele chocalha a aljava, flameja a lança e o dardo.
24 De fúria e ira devora o caminho e não se contém ao som da trombeta.
25 Em cada sonido da trombeta, ele diz: Avante! Cheira de longe a batalha, o trovão dos príncipes e o alarido.
26 Ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as asas para o Sul?
27 Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho?
28 Habita no penhasco onde faz a sua morada, sobre o cimo do penhasco, em lugar seguro.
29 Dali, descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.
30 Seus filhos chupam sangue; onde há mortos, ela aí está.

Jó – Capítulo 40

1 Disse mais o SENHOR a Jó:
2 Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim argúi a Deus que responda.
3 Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse:
4 Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca.
5 Uma vez falei e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei.
6 Então, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó:
7 Cinge agora os lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me responderás.
8 Acaso, anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares?
9 Ou tens braço como Deus ou podes trovejar com a voz como ele o faz?
10 Orna-te, pois, de excelência e grandeza, veste-te de majestade e de glória.
11 Derrama as torrentes da tua ira e atenta para todo soberbo e abate-o.
12 Olha para todo soberbo e humilha-o, calca aos pés os perversos no seu lugar.
13 Cobre-os juntamente no pó, encerra-lhes o rosto no sepulcro.
14 Então, também eu confessarei a teu respeito que a tua mão direita te dá vitória.
15 Contempla agora o hipopótamo, que eu criei contigo, que come a erva como o boi.
16 Sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre.
17 Endurece a sua cauda como cedro; os tendões das suas coxas estão entretecidos.
18 Os seus ossos são como tubos de bronze, o seu arcabouço, como barras de ferro.
19 Ele é obra-prima dos feitos de Deus; quem o fez o proveu de espada.
20 Em verdade, os montes lhe produzem pasto, onde todos os animais do campo folgam.
21 Deita-se debaixo dos lotos, no esconderijo dos canaviais e da lama.
22 Os lotos o cobrem com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam.
23 Se um rio transborda, ele não se apressa; fica tranqüilo ainda que o Jordão se levante até à sua boca.
24 Acaso, pode alguém apanhá-lo quando ele está olhando? Ou lhe meter um laço pelo nariz?

Jó – Capítulo 41

1 Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo ou lhe travar a língua com uma corda?
2 Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? Ou furar-lhe as bochechas com um gancho?
3 Acaso, te fará muitas súplicas? Ou te falará palavras brandas?
4 Fará ele acordo contigo? Ou tomá-lo-ás por servo para sempre?
5 Brincarás com ele, como se fora um passarinho? Ou tê-lo-ás preso à correia para as tuas meninas?
6 Acaso, os teus sócios negociam com ele? Ou o repartirão entre os mercadores?
7 Encher-lhe-ás a pele de arpões? Ou a cabeça, de farpas?
8 Põe a mão sobre ele, lembra-te da peleja e nunca mais o intentarás.
9 Eis que a gente se engana em sua esperança; acaso, não será o homem derribado só em vê-lo?
10 Ninguém há tão ousado, que se atreva a despertá-lo. Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim?
11 Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.
12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura.
13 Quem lhe abrirá as vestes do seu dorso? Ou lhe penetrará a couraça dobrada?
14 Quem abriria as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror.
15 As fileiras de suas escamas são o seu orgulho, cada uma bem encostada como por um selo que as ajusta.
16 A tal ponto uma se chega à outra, que entre elas não entra nem o ar.
17 Umas às outras se ligam, aderem entre si e não se podem separar.
18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.
19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
20 Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente ou de juncos que ardem.
21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama.
22 No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero.
23 Suas partes carnudas são bem pegadas entre si; todas fundidas nele e imóveis.
24 O seu coração é firme como uma pedra, firme como a mó de baixo.
25 Levantando-se ele, tremem os valentes; quando irrompe, ficam como que fora de si.
26 Se o golpe de espada o alcança, de nada vale, nem de lança, de dardo ou de flecha.
27 Para ele, o ferro é palha, e o cobre, pau podre.
28 A seta o não faz fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho.
29 Os porretes atirados são para ele como palha, e ri-se do brandir da lança.
30 Debaixo do ventre, há escamas pontiagudas; arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar.
31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como caldeira de ungüento.
32 Após si, deixa um sulco luminoso; o abismo parece ter-se encanecido.
33 Na terra, não tem ele igual, pois foi feito para nunca ter medo.
34 Ele olha com desprezo tudo o que é alto; é rei sobre todos os animais orgulhosos.

Jó – Capítulo 42

1 Então, respondeu Jó ao SENHOR:
2 Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
3 Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.
4 Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.
5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.
6 Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
7 Tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.
8 Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.
9 Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; e o SENHOR aceitou a oração de Jó.
10 Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra.
11 Então, vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro.
12 Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas.
13 Também teve outros sete filhos e três filhas.
14 Chamou o nome da primeira Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque.
15 Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.
16 Depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.

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